Salaam
A Irmã Mariam,escreveu um texto falando sobre o clone e o Islam,eu gostei do texto(super explicativo,fala de cada detalhe),e vou coloca-lo aqui.Para que quiser acessar o blog da Irmã Musliamah,aqui vai o link: http://www.amulhernoislam.com/.
PS: O texto teve de ser apagado do blog da irmã Muslimah, pois aconteceu uns rolos com a Gloria Perez,portanto o texto não se encontra mais no blog dela,mas o texto ainda é dela ok?
Ixálá eu não sou a Jade!
Olá pessoal,
Não é novidade para ninguém saber que a novela “O Clone” será reprissada a partir de amanhã (10 de janeiro) na GLOBO. Não era para menos, estão fazendo uma enorme publicidade para divulgar o retorno da trama, mais do que qualquer outra novela tenha recebido.
No período de exibição original de “O Clone” todas as atenções se voltaram para o Oriente Médio e sua população, que até então, eram desconhecidos pelos brasileiros, que por sua vez, são curiosos e apreciadores do “exótico” por natureza. Não precisou muito para que Jade, Lucas e companhia caíssem no gosto do público bem como os supostos jargões “muçulmanos” tal como “Ixálá”, pessimamente pronunciado pela atriz Carla Diaz.
O circo já estava armado, os cursos de dança do ventre se expandiram, as lojas indianas começaram a faturar sem cessar e até modelos de pulseiras inspirados nas atrizes venderam como água. Como é de praxe, maçantes matérias sobre o Oriente Médio eram apresentadas pelo “Fantástico” semanalmente, onde o foco era mostrar o quão atrasados e machistas são os árabes. As mulheres muçulmanas, por exemplo, eram a pauta principal. Os brasileiros estavam adorando pesar por estas pobres e indefesas almas, mas mesmo assim, a novela abocanhava altos números de audiência.
Enquanto tudo isso rolava, as verdadeiras muçulmanas brasileiras eram bombardeadas com chacotas, ofensas e perguntas sem fundamentos. Sair às ruas havia se tornado um martírio, graças a ilustrissíma Glória Perez, que fez questão de ignorar tudo que lhe foi gentilmente ensinado pela comunidade Islâmica do Rio de Janeiro, colocando sua própria visão do Islam, dos muçulmanos e dos árabes na telinha da Sr. GLOBO. Uma vez não havia sido suficiente para ambas, até que “Caminho das Índias” apareceu para novamente massacrar e deturpar uma nação.
Apesar de que “O Clone” não será exibido em horário nobre, muitas pessoas estarão em casa e certamente farão de tudo para assistir nem que seja uns minutinhos da tão aclamada, sem mérito para tal, novela. Antes que os questionadamentos pós-Clone acontecam, acho de bom grado ressaltar alguns pontos.
Ixalá
O termo correto in sha Allah, de origem árabe, significa se Deus quiser. É uma expressão bastante comum nos países árabes, porém, o muçulmano crente jamais deve possuir tal soberba a ponto do requisitar bens materiais a Deus e abandonar o que realmente importa e o que realmente deve ser requisitado: a bondade, o perdão, a honestidade, uma vida tranquila, temência a Deus etc.
É curioso perceber que outras expressões genuinamente Islâmicas como Ma sha Allah (benza a Deus), Al hamdu Lillah (Graças a Deus) e Subhana Allah (Louvado seja Deus) foram deixadas de lado.
O tal do ouro
Diferente do que foi apresentado, as mulheres árabes não possuem gigantesco desejo de serem presenteadas com jóias infinitas. Elas são como qualquer outra mulher que cuida da casa, trabalha e tem que pagar as contas no final do mês e não tem o luxo de saír comprando o que bem entende, principalmente ouro. Poucas são aquelas que podem usar um anel de ouro no dedo, a realidade é bem diferente da ficção.
O véu
A novela apresentou pais totalmente autoritários que obrigavam suas filhas e usarem o véu Islâmico além de haverem fixado uma data para tal evento. O véu deve ser observado a partir do momento em que a mulher atinge a puberdade, que muitas vezes é marcada pelo ínicio da menstruação. Isto não é regra e nunca foi. Somente a mulher, após muito estudo e entendimento de sua religião bem como suas regras, “decide” e sente o momento mais apropriado para usá-lo, sendo muitas vezes bem antes ou muito depois da puberdade. Vale ressaltar que jamais um membro da família pode impor seu uso para uma mulher. Não há qualquer versículo alcorânico que conceda este direito a alguém.
A dança do ventre
Outro mito perpetuado. A dança do ventre não é largamente ensinada nos países árabes e muito menos difundida entre as muçulmanas. Jamais conheci ou tive conhecimento de mulheres que dançavam na noite de núpcias para seus maridos, muito menos, é conhecido alguma tradição cultural parecida. É ilógico, pois, grande parte destas mulheres nunca tiveram contato com um homem antes, a última coisa que almejariam fazer e teriam coragem para tal é dançar para eles.
Em muitos países árabes, a dança do ventre é considerada imoral e quem a pratica não é vista com bons olhos pela sociedade e dificilmente conseguirá casar-se. Os espetáculos costumam ser apresentados somente em locais onde a presença de turistas é imensamente superior ao número de nativos. Em alguns restaurantes, há uma divisão para que as dançarianas só se apresentem para os turistas. As próprias roupas de dança comercializadas não são compradas pelas nativas, e sim pelas estrangeiras praticantes desta “arte”. É interessante ressaltar que as mulheres mais renomadas na dança do ventre atual são brasileiras.
As roupas
Muitos tecidos sem corte, turbantes que cobriam somente a cabeça, decotes e braços a mostra. Eram estes adornos que foram atribuídos às árabes e às muçulmanas. Por mais distante da cultura de seu país e da religião Islâmica que uma mulher (árabe ou muçulmana) seja, ela jamais usará tais vestimentas. O que mais chocou a comunidade Islâmica, certamente, foram os exagerados decotes com o colo e os seios à mostra, sendo isto para o Islam, um ato extremamente desprezível, muito mais do que a não utilização do véu. Perguntamos-nos em qual país árabe a senhora Glória Perez presenciou este tipo de traje por parte das muçulmanas.
Maquiagem
A maquiagem não faz parte do Islam. A muçulmana conhecedora de sua religião sabe que deve observar o recato e a modéstia, adjetivos estes, que não combinam com a maquiagem. De fato, se a mulher estiver em casa, sem a presença de outros homens que não sejam parentes consanguíneos (exceto primos) ela pode e deve se embelezar, principalmente para o seu marido. Porém, verdade seja dita, qual mulher consegue se manter 100% do tempo bela e maquiada com tantos afazeres do dia a dia a serem cumpridos?
Tudo é festa
Tudo era festa na casa marroquina de “O Clone”. Qualquer motivo era suficientemente significante para a música começar a tocar e para as dançarinas da casa se apresentarem aos parentes. Glória Perez mais uma vez pintou um mundo árabe extremamente diferente da realidade. Os árabes e os muçulmanos não são diferentes do resto da população mundial. Da mesma forma que uma festa em plena semana de trabalho é improvável para os padrões brasileiros, é também surreal para nossos irmãos orientais.
A verdade
Verdade é uma palavra que pouco pode ser usada ao descrevermos a novela “O Clone”. O que nos foi e será novamente exposto, nada mais é do que o mundo irreal escrito e apenas derivado da mente desregulada de Glória Perez e sua protetora GLOBO produções.
FONTE: MARIAM TIEPPO
Bom,a Irmã Muslimah disse tudo.
Maa Salama