O fim…

Salam!

Como vocês devem ter percebido,eu ando ausente faz um tempo,e bom,isso vai continuar assim porque eu estou desativando o blog.Porque de eu estar fazendo isso? Porque eu acho que chegou a hora de parar.Eu ando sem ideias e sem ânimo para postar,faz mais de 1 ano e meio que tenho o blog e acontece que eu estou perdendo o interesse.Então eu não vou mais postar e nem responder comentários.Não vou excluir o blog porque acredito que ainda possa ajudar muita gente,eu apenas não vou postar mais.

Não me arrependo em nenhum momento de ter criado o blog.Conheci pessoas incríveis,fiz amigos,ajudei pessoas,divulguei o Islam,enfim,foi algo muito bom,mas sinto que preciso parar agora.

Agradeço a todos que me acompanharam até hoje e que me derem suporte para o blog ter chegado a onde chegou.Jamais teria imaginado que o blog teria essa dimensão.

Desejo a todos você muita paz,saúde e alegria.                                                         Obrigada por tudo,fiquem com Deus e até a próxima!

Maa Salama! 

Como Dizer aos Meus Familiares que Me Tornei Muçulmano? [Parte 1]

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Salam

Talvez seja a mais difícil situação nesse momento para um novo muçulmano. Para muitas pessoas é uma possibilidade para que se abram velhas feridas, arriscando machucar os sentimentos de ambos os lados e uma ameaça com a destruição das relações familiares.

Para outras pessoas isso não acontece, pois eles sabem que serão aceitos pelos seus pais e demais familiares de for incondicional. Ma Sha Allah.

Para os adolescentes meu conselho será diferente do que para os adultos, independente se eles sejam solteiros ou casados. In sha Allah trataremos primeiro dos jovens que ainda vivem com seus pais.

Conselho Para os Adolescentes:

Frequentemente este é um caso que deve ser tratado com muitíssimo cuidado. Não podemos brindar com nenhuma orientação precisa, pois a forma como tratas tua família neste tema depende de vários fatores: sua idade, sua comunidade, sua relação com teus familiares, suas experiências religiosas anteriores, o compromisso ou o não compromisso de teus pais com relação a uma religião especifica e sua vontade em explorar novas idéias.

Embora pareça uma idéia estranha, sendo esta mencionada antes a outros irmãos islamizados e direi agora o mesmo: na maioria das vezes é conveniente esperarmos 6 meses, ou até um ano, para que contemos a eles. Os motivos para isto variam, pois: necessitas ter maior firmeza na pratica do Islam, necessitas fazer amizades e criar “um sistema de apoio” entre os membros da comunidade muçulmana.

Isto é devido que seus pais reajam a tua islamização tentando “desprogramar”ou organizar “um encontro” com o pastor, sacerdote ou rabino local. Dessa forma poderás te apoiar no teu próprio conhecimento adquirido do Alcorão e da força existente por ser um muçulmano já praticante.

Dar a si próprio um tempo para criar “um sistema de apoio” dentro da comunidade muçulmana é importante, pois assim terás amigos para te ajudar e guiar, para te ajudar em responder as duvidas ou preocupações que possam ter com tua família e que te ajudem a mudar caso os pais decidam a tua não permanência no mesmo lar. Se temes que tua família reaja com abuso físico ou com uma tentativa de “sequestro e desprogramação” (e isso realmente acontece!), assegure-se então de ter alguém como testemunha e que o apoie. Sem importar se és muçulmano ou não, tens o direito de não ser maltratado. Se tua família te maltrata, busque ajuda necessária para sair dessa situação o mais prontamente possível.

Outro bom motivo para aguardar um pouco, é para ajudar a teus pais avisando-os previamente das mudanças positivas que o Islam traz para o individuo: como uma maior preocupação com a higiene, a aparência pessoal, maior disciplina nas atividades do cotidiano, nos estudos, no fato de não cair no alcoolismo, na drogadição, na fornicação;  em ter maior desprendimento em ajudar os pais, no maior compromisso em relação ao emprego (se possuís um), etc. Dê um tempo para eles se comprazerem com estas mudanças positivas, de forma que possam ver que o Islam é benéfico para todos e não única e exclusivamente para você. Se eles observarem que o Islam “é bom para você” eles reagirão de forma mais positiva quando falares com eles sobre esse tema.

Conselho Para os Adultos:

Como um adulto, especialmente se é independente ou esta casado, teus pais e familiares estão inteirados de que possuís condições para tomar tuas próprias decisões.

Alguns recém islamizados não se incomodam com a forma em que possam reagir seus pais por este motivo. Outros, sem duvida, consideram muito importante que suas famílias respeitem e aceitem sua decisão. Isto pode ser difícil, especialmente se existem crianças ou um filho envolvido.

Um adulto que escolhe se muçulmano deve levar em conta algumas das mesmas considerações que tem um adolescente recém islamizado: Qual é a tua reação com sua família? Qual é seu grau de compromisso com a religião ou de omissão da mesma? Que grau de compromisso tiveste com alguma religião anterior? O quanto é aberta sua família para novas idéias? Para um adulto, estas considerações também incluem: Como sentem seus pais em relação a tua esposa? Teus pais possuem histórico de te fazer sentir em obrigação com eles devido aos favores que fizeram anteriormente desde o momento que saíste de casa? Qual é o grau de relação existente entre teus pais e teus filhos se é que os possui?

Já que não vives mais com teus pais será mais fácil dar-lhes um tempo e espaço suficiente para eles digerirem a tua declaração. Certifique-se em explicar a eles enfaticamente que isto não mudará a tua pessoa de forma radical e que tu desejas manter de forma intacta tua relação com eles.

Certifique-se de que eles continuem tendo acesso a seus netos; porém, ao mesmo tempo, deixe bem claro que não irás tolerar ensinamentos alheios ao Islam e dar de comer algo que seja Haram (ilícitas) ou que participem de celebrações Haram.

Em alguns casos é melhor que sejam comunicados sobre tua islamização de forma privada, assim evitarás que culpem a teu esposo ou esposa ou cometam agressão. Certifique-se que eles saibam que devem falar ou tratar sobre um assunto diretamente com você.

Maa Salama

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Posso comemorar aniversário no Islam?

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Salam!

O título do post é uma das perguntas que mais escuto de novos muçulmanos,se é permitido ou não comemorar aniversário no Islam.Pois bem,não é.Comemorar aniversário não tem nada de islâmico e o texto abaixo explica bem direitinho o porquê disso.

A Celebração de Aniversários

As celebrações de aniversários são um conceito ocidental sem base no Islam. Este tipo de celebração nunca esteve presente entre os muçulmanos até virem os tempos do colonialismo.

Os aniversários são celebrados para marcar o cumprimento de mais um ano na vida de alguém. Agora ponderemos… Qual é a sabedoria ou felicidade existente quando um ano da nossa vida morreu? Durante esta celebração, velas com o total dos anos passados são acesas num bolo. A pessoa apaga estas velas soprando e os que estão presentes batem as palmas. Mas bate-se as palmas em duas ocasiões: quando se está feliz por algum objectivo atingido ou quando alguém age de forma cómica ou idiota.

Para entendermos a natureza deste acto, consideremos o exemplo de um rei que enviou algumas pessoas para uma sala cheia com os seus tesouros e disse que depois de algum tempo ele as chamaria. E que durante esse tempo, tudo o que essas pessoas tiverem nas mãos, será propriedade delas.

Dentro da sala estão num lado montes de ouro e prata, noutro lado estão pérolas e jóias, e ainda noutro lado está comida deliciosa e camas macias e arranjadas.

Algumas pessoas pensam que o rei as chamará a qualquer minuto. Elas rapidamente juntam o ouro, a prata, as pérolas e as jóias. Eles têm em mente que depois de saírem dali, terão a mesma comida e camas para eles mesmos.

Outro grupo de pessoas pensam que chegaram há pouco tempo. Elas dizem para elas mesmas “Podemos comer e depois deitar-nos a descansar. Depois disso tiramos dos tesouros. Há tempo que chegue”. Então elas comem, dormem e passam assim o seu tempo precioso sem tirar dos tesouros.
De repente, o rei chama toda a gente. Todos os que tiraram do tesouro podem gozar as suas vidas comendo e bebendo enquanto que os que desperdiçaram o seu tempo e não acumularam nada, arrependem-se.

Todos os momentos desta vida mundana são muito valiosos. Aqui temos que ganhar sustento para a longa e eterna Próxima Vida. O Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse que depois de entrar na Jannah (Paraíso), as pessoas da Jannah não lamentarão nada sobre este mundo, excepto aquele momento que foi passado sem a lembrança de Allah.

Este mundo é uma prisão para o crente e uma Jannah para o descrente. Allah comprou a vida e riqueza dos crentes pela Jannah. Esta vida é uma confiança que Allah nos deu. O Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse:

“O filho de Adão (isto é, todo o humano) não será dispensado perante o seu Senhor no Dia da Ressurreição até ele ser questionado sobre cinco coisas: a sua vida e como a passou, a sua juventude e como ele a usou, a sua riqueza e como ele a ganhou e como é que ele a gastou, e como é que ele agiu quanto ao conhecimento que adquiriu.” (al-Tirmidhi, 2422; classificado como hasan por al-Albaani no Sahih al-Tirmidhi, 1969)

Uma pessoa que se preocupa em responder a estas perguntas, como é que pode estar feliz pela diminuição dos últimos anos da sua vida?

Além disso, o Islam não permite desperdício. Esta é a razão pela qual os pobres desta Ummah entrarão 500 anos antes dos ricos, porque os ricos serão atrasados, pois terão primeiro que prestar contas pelo que fizeram com a sua riqueza.

Ao gastar dinheiro em festas de aniversário, não há benefício para o Islam, nem para os pobres. É mencionado num hadith que o Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse:

A pior das comidas é a comida de uma walimah (celebração de casamento) à qual os ricos são convidados e os pobres são ignorados.” (al-Bukhari)

Outro aspecto das festas de aniversário é o exibicionismo. O Islam encoraja a simplicidade. Com esta atitude de exibicionismo, os pobres sentem-se inferiores e privados e os ricos têm um complexo de superioridade. E também, nestas festas, a música, cantoria, e outros actos proibidos no Islam acontecem.

A celebração de aniversários também é considerada inovação (bid’ah), pois esta nunca fez parte do Islam e nunca foi praticada pelos Sahabah. Foi algo importado de outras culturas. Então o muçulmano deve ficar atento aos avisos que existem no Qur’an e na Sunnah contra as inovações na religião e no modo de vida islâmico:

O Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse:

“Quem faz alguma coisa que não faz parte deste nosso assunto (isto é, o Islam), será rejeitada”. (al-Bukhaari, Fath al-Baari, nº 2697)
“O melhor discurso é o Livro de Allah e a melhor orientação é a orientação de Muhammad. As piores coisas são aquelas que foram inventadas (na religião), e todas as inovações são desvio (do caminho reto).” (Muslim, nº 867)

Para além de ser inovação, não incluir princípios islâmicos, não beneficiar os pobres e necessitados e não ter qualquer benefício para a fé e para a recompensa da Próxima Vida, esta celebração é também considerada imitação dos não-muçulmanos e o Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse sobre isso:

“Vocês seguirão o caminho daqueles que vieram antes de vós, passo a passo, de tal maneira que se eles entrarem num buraco de um lagarto, vocês entrarão nele também.” As pessoas disseram “Ó Mensageiro de Allah, (você quer dizer) os judeus e os cristãos?”. Ele disse “Quem mais?” (al-Bukhari e Muslim)

O Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) também disse:

“Quem imitar um povo, então é um deles”. (Abu Dawood, al-Libaas, 3512. Al-Albaani disse no Sahih Abi Dawood que e hasan sahih, nº 3401)

Algumas evidências a considerar também são as seguintes:

“Os vários costumes de celebração de aniversários natalícios das pessoas hoje em dia têm uma longa história. Suas origens acham-se no domínio da mágica e da religião. Os costumes de dar parabéns, dar presentes e de celebração — com o requinte de velas acesas — nos tempos antigos eram para proteger o aniversariante de demônios e garantir segurança no ano vindouro. . . . Até o quarto século, o cristianismo rejeitava a celebração de aniversário natalício como costume pagão.” — Schwäbische Zeitung (suplemento Zeit und Welt), de 3/4 de abril de 1981, p. 4.

 

“Os gregos criam que cada um tinha um espírito protetor ou gênio inspirador que assistia a seu nascimento e vigiava sobre ele em vida. Este espírito tinha uma relação mística com o deus em cujo aniversário natalício o indivíduo nascia. Os romanos também endossavam esta idéia. . . . Esta noção incorporou-se na crença humana e reflete-se no anjo-da-guarda, na fada e no santo padroeiro. . . . O costume de acender velas nos bolos começou com os gregos. . . . Bolos de mel redondos como a lua e iluminados com velas eram colocados nos altares do templo de [Ártemis]. . . . As velas de aniversário, na crença popular, são dotadas de magia especial para atender pedidos. . . . Velas acesas e fogos sacrificiais têm um significado místico especial desde que o homem começou a erigir altares para seus deuses. As velas de aniversário são assim uma honra e um tributo à criança aniversariante e trazem boa sorte. . . . As saudações natalícias e os votos de felicidade são parte intrínseca deste dia de festa. . . . Originalmente, a idéia enraizava-se na magia. . . . As saudações natalícias têm poder para o bem ou para o mal, porque a pessoa nesse dia está mais perto do mundo espiritual.” — The Lore of Birthdays (Nova Iorque, 1952), de Ralph e Adelin Linton, pp. 8, 18-20.

Outras fontes utilizadas: Fatwa do Moulana Abdul Hamid Ishaq da África do Sul (editada por Albalagh) e IslamQA

Traduzido e adaptado por: Cláudia Sofia Simões (Safyiah)

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Maa Salama

O direito dos vizinhos no Islam

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Salam!

Islam exorta seus fiéis a manterem suas relações interpessoais da melhor maneira que puderem. Começando com o bom tratamento com os próprios pais, famílias, irmãos de fé e sangue e os necessitados. Porém, parece-nos que, hoje em dia, um destes relacionamentos, em nossa sociedade, vem sendo deturpado. É caso da relação do vizinho para com seu vizinho. É comum presenciarmos rixas entre eles. São discussões diárias, bate bocas, um usurpando o direito do outro, não trocam mais delicadezas como um simples “bom dia” e o respeito, pelo que consta, se perdeu há muito tempo. Analisaremos, agora, como o Islamensina seus seguidores a fortalecerem os laços de amizades com o grupo de pessoas o qual ele deveria estar mais ligado, ou seja, seus vizinhos.

No Alcorão, encontramos diversas menções sobre o direito dos vizinhos e Deus os coloca no mesmo níveldos pais, familiares e parentes:

“Adorai a Deus e não Lhe atribuais parceiros. Tratai com benevolência vossos pais e parentes, os órfãos, os necessitados, o vizinho próximo, o vizinho estranho, o companheiro, o viajante e os vossos servos, porque Deus não estima arrogante e jactancioso algum.” [Alcorão Sagrado 4:36]

Portanto, a partir daqui, temos consciência que todo muçulmano deve oferecer um bom tratamento para o seu vizinho. O profeta Muhammad também nos ensinou a piedade para com ele e disse:

“Ó Abu Zar, quando estiveres fazendo sopa, acrescenta um pouco mais de água nela, e verifica se o teu vizinho necessita de um pouco.” (Muslim)

E também disse: “Não é crente aquele que se estufa (com comida) enquanto seu vizinho ao lado passa fome.”(Baihaq)

Louvado seja Deus! Quantos de nós, hoje, ainda nos lembramos de enviar um pouco de comida para o nosso vizinho ou ao menos perguntar por suas necessidades? Quantas vezes o cheiro de nosso almoço e jantar exalou pelos ares e atingiu ao nosso vizinho causando lhe desejo?

Como dito, as brigas entre vizinhos se tornaram uma constante pois um usurpa o direito de paz, tranquilidade que o outro merece. Por exemplo com festas intermináveis e músicas altas durante a madruga, discussões entre a própria família do vizinho que incomodam os demais moradores do bairro, obras que nunca terminam e causam incomodo pela sujeira e pelo barulho etc. Nosso profeta também deixou bem claro que:

“Aquele que crê em Deus e no Dia do Juízo final não deve causar nenhuma inconveniência ao seu vizinho.”(Mutaffac alaih)

Muitas dessas inconveniência e rixas, infelizmente, como se já não bastasse o problema, são regadas por fofocas e mentiras:

“‘Por Deus nunca chegará a ser um verdadeiro crente’ repetindo essa frase três vezes o profeta foi perguntado ‘Ó Mensageiro de Deus, quem é esse?‘ Disse: ‘É aquele cujo vizinho não se encontra a salvo de suas más ações.'”

Tradicionalmente, ao longo da história, as mulheres sempre tiveram fator determinante no que diz respeito ao cuidado com lar, portanto, eram elas as que mais permaneciam em suas casas e as que mais deveriam conhecer os direitos de seus vizinhos, por conta disso, o profeta Muhammad disse:

“Ó muçulmanos, que nenhuma mulher menospreze o presente que é oferecido à vizinha, ainda que seja o casco de uma ovelha.” (Muttafac alaih)

E sua esposa Ai’shah perguntou: “Tenho duas vizinhas; a qual delas eu deveria fazer um regalo primeiro?” E Muhammad respondeu: “Àquela cuja porta estiver mais próxima à tua.” (Bukhari)

O poder que os vizinhos exercem em nossas vidas é tão grande que seu testemunho poderá influenciar noperdão de Deus, futuramente:

“Para qualquer muçulmano que morre e quatro de seus vizinhos próximos testemunhem que eles conhecem dele nada além do que o bem, Deus louvado e exaltado seja, irá dizer: ‘Eu aceitei seus testemunhos e o perdoei por aquilo que vocês não conhecem (sobre ele).” (Ahmad)

Fica nítido que o papel do muçulmano na sociedade é fundamental. A ele cabe o direito de ser bondoso com todas as pessoas das mais diversas esferas da sua vida, seja com seus próprios pais, familiares ou, no caso, seus vizinhos. As exortações quanto a esta responsabilidade não terminam por aqui. Quanto mais estudarmos o assunto mais deveres e condutas a serem mantidas com nossos vizinhos podemos encontrar. Deus garantiu o direito dos vizinhos de tal forma no Islam que o profeta Muhammad chegou a pensar que ele deveria inclui-los no seu testamento e distribuir herença para eles! Por mais que encontremos vizinhos que não sejam receptivos e que, por muitas vezes, usurpam o nosso próprio direito, é nossa obrigação como muçulmanos continuar espalhando a bondade entre eles e jamais retribuir o mal que nos fazem com o mal, pois:

“Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!” ´[Alcorão Sagrado 41:34]

Para finalizar, leiamos mais dois ditos e que nós, muçulmanos, e os que ainda não se converteram possam refletir sobre como estamos tratando atualmente aqueles que moram próximos a nós:

“Aquele que acredita em Deus e no Último Dia deverá tratar seus vizinhos com bondade.” (Muslim)

“O melhor dos amigos,  aos olhos de Deus, é quem for melhor para o amigo. O melhor dos vizinhos, perante Deus, é quem convive melhor com o vizinho.” (Tirmizi)

Maa Salama!

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Dia da Mulher e o Islam

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Salam!

Primeiro de tudo gostaria de desejar um feliz dia das mulheres a todos nós.Que Deus nos abençoe e proteja.Bom,eu não poderia deixar esse dia passar em branco,então hoje eu trago um texto que já postei aqui uma vez,porém decidi postar de novo nesse dia,só para deixar bem claro que no Islam a mulher é sim valorizada ao contrário do que muitos pensam.

Há 1400 anos…

… O Islam colocou homem e mulher em pé de igualdade:

“Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea … Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. ” (Alcorão Sagrado 49:13)“A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.” (Alcorão Sagrado 16:97)

“Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja.” (Alcorão Sagrado 4:124)

“Entrai no jardim (Paraíso), vós e vossas esposas e alegrai-vos.” (Alcorão
Sagrado 43:70)

“Jamais desmerecerei a obra de qualquer um de vós, seja homem ou mulher, porque procedeis uns dos outros.” (Alcorão Sagrado 3:195)

… O Islam ordenou que a mulher recebesse uma parte da herença de sua família:

“Aos filhos varões corresponde uma parte do que tenham deixado os seus pais e parentes. Às mulheres também corresponde uma parte do que tenham deixado os pais e parentes, quer seja exígua ou vasta, uma quantia obrigatória.” (Alcorão Sagrado 4:7)

… O Islam permitiu e incentivou o estudo da mulher:

Disse o profeta Muhammad: “A procura do conhecimento é um dever para todos os muçulmanos (homens e mulheres).”

A esposa do profeta Muhammad, Aisha, era extremamente conhecedora da astronomia e da poesia, dominava a grámatica árabe e tinha conhecimento absoluto de toda as leis, éticas e deveres da religião Islâmica.

… O Islam concedeu a mulher o direito de votar:

“Ó Profeta, quando as fiéis se apresentarem a ti, jurando-te fidelidade, afirmando-te que não atribuirão parceiros a Deus, não roubarão, não fornicarão, não serão filicidas, não se apresentarão com calúnias que forjaremintencionalmente, nem te desobedecerão em causa justa, aceita, então, o seu compromisso e implora, para elas, o perdão de Deus, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.” (Alcorão Sagrado 60:12)

Em qualquer assunto público, uma mulher pode expor sua opinião e pode participar ativamente na política. Um exemplo, narrada no Alcorão, é que Muhammad é ordenado a que quando as fiéis se apresentarem a ele e jurarem sua aliança com o Islam, ele deve aceitar o seu juramento. Isso estabeleceu o direito das mulheres de escolher os seus líderes e declarar isto publicamente.

Umar ibn Al Khattab, segundo Califa do Islam, no leito de morte, formou uma comissão de pessoas, que entre si, deveriam escolher o próximo Califa. As pessoas foram: Ali ibn Abi Talib, Uthman ibn Affan, Abdur Rahman bin Awf, Sa ‘d ibn Abi Waqqas, Al-Zubayr e Talhah ibn Ubayd-Allah.

Antes de Uthman Ibn Affan, ocupar a posição de Califa, muitas mulheres foram consultadas por Abdur-Rahman Ibn Auf para que estas pudessem votar dentre os outros 5 nomes elegidos por Umar. Foi constatado que a opinião da maioria era que Uthman deveria ser eleito. Logo, Uthman foi nomeado como o terceiro Califa do Islam em 11 de novembro de 644 d.C.

… O Islam concedeu o direito da mulher se divorciar:

Apesar de, no Islam, o casamento não ser uma relação temporária, sendo considerado para durar toda a vida, a sua dissolução será inevitável se ele falhar ao servir os seus propósitos. É nessa altura que surge o divórcio. Devemos esclarecer que, no Islam, o divórcio é o último recurso quando todos os esforços conciliatórios falharem.

O Islam não confina o direito ao divórcio só ao homem ou à mulher, se a mulher não se sente segura, ou feliz com o seu marido, ou se este é cruel para ela, ou se tornou impossível viver a o seu lado, ela tem o direito de procurar o divórcio através de um Tribunal Muçulmano, sendo tal tipo de divórcio denominado de “Khul’ah”. Em qualquer dos casos, mesmo que o divórcio seja concedido, ela deve ser tratada amistosamente. O Alcorão diz:

“O divórcio revogável só poderá ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco dignamente ou separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado.” (Alcorão Sagrado 2:229)

No Brasil, antes do advento da Lei do Divórcio, em 1976, o casamento era indissolúvel. O padre dizia “até que a morte os separe” e todo o mundo tinha de obedecer, por inexistência de outra opção. Mesmo assim, é claro que muitos dos casamentos infelizes terminavam, se não na lei, que ainda não admitia a dissolução do vínculo matrimonial, pelo menos de fato. Cada um ia para o seu lado, pondo fim à união. Havia, é verdade, o desquite, que permitia ao casal viver separado, mas impedia novo casamento civil. Novamente vemos o Islam sendo pioneiro nos direitos das mulheres.

… O Islam deu a mulher o direito de escolher seu marido:

O tema é polêmico e poucas pessoas estão interadas dessa regra Islâmica que é uma das condições para que um casamento seja válido.

De acordo com a Lei Islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento, não é legal que um tutor force uma moça adulta a casar-se. Ninguém, nem mesmo o pai, ou o soberano, pode, legalmente, casar uma mulher adulta sem a permissão desta, seja ela virgem, ou divorciada. Uma das condições para o casamento dentro do Islam seja válido, é a aceitação por parte da noiva, caso esta se negue a casar com o rapaz em questão, o casamento não poderá ser consumado.

Ibn ’Abbas narrou que uma jovem dirigiu-se ao Profeta Muhammad e relatou que o seu pai a tinha forçado a casarse sem o seu consentimento. O Profeta deu-lhe a opção de aceitar o casamento, ou invalidá-lo.

Muhammad também disse:

“Não se case com uma viúva sem o seu consentimento, nem com uma virgem sem sua permissão.”

As regras para a vida matrimonial no Islam são bem claras e estão em total harmonia com a natureza humana, em consideração a constituição fisiológica e psicológica do homem e da mulher, ambos tem direitos iguais e deveres mútuos, exceto em uma responsabilidade, a da liderança, é uma questão natural em qualquer vida coletiva, e é consistente com a natureza do homem, Deus o Altíssimo diz no Alcorão:

“E elas (as mulheres) têm direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas, condignamente; mas os maridos conservam um grau (de primazia) sobre elas.’’ (Alcorão Sagrado 2:228)

Tal grau é “Qiwamah” (a manutenção e a proteção), isto refere-se à diferença natural entre os sexos, que sujeita o sexo fraco à proteção. Tal não implica qualquer tipo de superioridade, ou de vantagem, perante a lei. Todavia, o papel masculino de chefe em relação à sua família, não significa a prepotência do marido sobre a sua esposa.

… O Islam garantiu a mulher o direito de pedir um homem em casamento:

A primeira esposa do profeta Muhammad, Khadija, provinha de uma rica família e fazia parte da elite da epóca. Ainda idosa, muitos homens se ofereceram em casamento, porém, ela recusou todos os convites. Até que conheceu o profeta Muhammad e ficou encantada por seu cárater impecável. Formulou um plano para pedir a mão do jovem rapaz, e mandou uma amiga como mediadora. Muhammad aceitou e ambos se casaram. A história de Muhammad e Khadija é um dos mais belas narrativas do Islam, repleta de amor, carinho, compreensão e companheirismo. Mesmo após sua morte, o profeta nutria por ela um sentimento muito forte e se lembrava dela todos os dias. Mandava presentes às suas amigas constantemente e podia reconhecer quando sua irmã batia a porta, pois, Khadija o fazia da mesma forma. Sobre ela, Muhammad disse:

“Ela acreditou em mim quando ninguém mais o fez, ela abraçou o Islam, quando as pessoas me desacreditaram e ela me ajudou e me confortou quando não havia ninguém para me emprestar uma mão amiga.”

… O Islam garantiu o direito da mulher preservar o nome de sua família:

A prática data de uma época em que a mulher estava restrita à vida doméstica. Sem direito de participar sequer das decisões familiares, a única posição social que ela poderia ter era ser filha ou esposa de Fulano. Tal obrigação legal/moral advem da origem patriarcal da família, em que a mulher sempre submissa ao homem, ao contrair casamento, deveria adotar o patronímico do marido, pois o conceito era que a mulher deixaria de fazer parte da sua família para pertencer à família de seu marido como se fosse um bem. Pelo antigo Código Civil datado de 1916, a mulher ao se casar passava a adotar o sobrenome do marido, tendo que conseqüentemente providenciar uma série de documentos novos, carteira de identidade, CPF, título de eleitor, carteira de motorista, etc. Somente com o advento da Lei n° 10.406/2002 que alterou o Código Civil, em vigor desde 11 de janeiro de 2003, consagrou-se a igualdade entre os cônjuges, esclarecendo de uma vez a não obrigatoriedade da mulher adotar o sobrenome do marido, podendo manter seu sobrenome de solteira, valendo-se o homem do mesmo direito.
… O Islam exortou o bom tratamento para com as mulheres:

“Harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes.” (Alcorão Sagrado 4:19)

“Elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.” (Alcorão Sagrado 2:187)

“Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.” (Alcorão Sagrado 30:21)

O profeta Muhammad disse: “Que nenhum crente guarde rancor de uma crente (esposa), pois, se algo do cárater dela o aborrecer, será comprazido no resto do mesmo.”

“O crente mais íntegro é aquele que demonstra melhor caráter e tem melhor moralidade. E o melhor dentre vós é aquele que melhor trata a sua mulher.”

“Deus ordena-nos que tratemos as mulheres de uma forma nobre, pois, elas são nossas mães, filhas e tias.”

… O Islam concedeu a mãe um status jamais concedido em outros povos:

“O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não os reproveis, nem os rejeiteis; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. E estende sobre eles a asa da humildade, e dize: Ó Senhor meu, tem misericórdia de ambos, como eles tiveram misericórdia de mim, criando-me desde pequenino!” (Alcorão Sagrado 17:23-24)

“Adorai a Deus e não Lhe atribuais parceiros. Tratai com benevolência vossos pais e parentes, os órfãos, os necessitados, o vizinho próximo, o vizinho estranho, o companheiro, o viajante e os vossos servos, porque Deus não estima arrogante e jactancioso algum.” (Alcorão Sagrado 4:36)

“E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.” (Alcorão Sagrado 31:14)

Certo homem dirigiu-se ao Profeta perguntando: “Ó Mensageiro de Deus! Quem é a melhor pessoa a quem devo oferecer minha amizade?” Ele respondeu: ‘A tua mãe’. O homem perguntou novamente: “Quem mais?” Muhammad disse: ‘Tua mãe’, o homem perguntou novamente, e Muhammad disse: ‘Tua mãe’. Só então o Profeta Muhammad disse: ‘O teu pai’.

Ainda existe o famoso dito do Profeta Muhammad:

“O Paraíso encontra-se aos pés das mães”.

… O Islam baniu a bárbare tradição árabe de enterrar meninas:

O profeta Muhammad disse:

“Um homem que tem uma filha e não a despreza, não a enterra viva, nem prefere o seu filho em detrimento da sua filha, Deus admiti-lo-á no Céu.”

“A minha filha é a minha carne, qualquer problema com ela causará a minha dor.”

“Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?” (Alcorão Sagrado 81:7-9)

“Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Quem péssimo é o que julgam!” (Alcorão Sagrado 16:58-59)

… O Islam informou que Eva não é a causa da queda da humanidade:


O Alcorão, ao contrário da Bíblia, coloca a culpa igualmente em Adão e Eva pelo erro de ambos. Não há no Alcorão a mais leve sugestão de que Eva tentou Adão, ou mesmo que ela tenha comido do fruto antes dele. Eva, no Alcorão, não é insinuante, sedutora ou vencida. Além do mais, nenhuma mulher pode ser culpada pelo erro de Adão e Eva e castigada com dores do parto e até mesmo das menstruações. Deus, de acordo com o Alcorão, não pune ninguém pelas faltas do outro. Ambos, Adão e Eva, cometeram um pecado e então pediram a Deus o perdão, e Ele os perdoou. Podemos ler o seguinte no Alcorão:“Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos. Todavia, Satã os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade) em que se encontravam.” (Alcorão Sagrado 2:35-36)

“Então, seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados!” (Alcorão Sagrado 7:22-23)

“Então, Satã lhe cochichou, para revelar-lhes o que, até então, lhes havia sido ocultado das suas vergonhas, dizendo-lhes: Vosso Senhor vos proibiu esta árvore para que não vos convertêsseis em dois anjos ou não estivésseis entre os imortais. E ele lhes jurou: Sou para vós um fiel conselheiro. E, com enganos, seduziu-os. Mas quando colheram o fruto da árvore, manifestaram-se-lhes as vergonhas e começaram a cobrir-se com folhas, das plantas do Paraíso. Então, seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados!” (Alcorão Sagrado 7:20-23)

… O Islam deu a mulher o direito de controlar seus negócios e o de contratar:


O Islam garante à mulher direitos iguais para contratar, para assumir empreendimentos, para ter ganhos e posses independentemente. A primeira esposa do profeta Muhammad, Khadija era extremamente bem sucedida em seus negócios, sendo ela mesma, administradora de seu dinheiro.Vale lembrar que tudo que a mulher ganha trabalhando, ela quem decide como irá gastá-lo. O dever de sustentar a casa e os filhos cabe ao marido, mas é de muito bom grado, que caso haja necessidade, ela ajude na manutenção da casa com sua renda.

E você aí ainda acha que o Islam é atrasado em relação as mulheres ou será o Islam pioneiro no direito das mesmas? Analise o conteúdo exposto, e faça uma pesquisa sobre quando as mulheres ocidentais alcançaram tais direitos que foram concedidos às muçulmanas há 1400 anos.

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Maa Salama!

Deveres e Direitos de Marido e Mulher

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Salam

O Islam ordena ao marido exercer deveres para com a sua esposa, e vice-versa, e entre estes deveres existem alguns que são partilhados por ambos, marido e mulher.

Os direitos da mulher que são dela só:

A mulher tem direitos financeiros exercidos pelo seu marido, que são o mahr (dote), despesas e acomodação.

E ela tem direitos não financeiros, como uma divisão justa entre esposas (se ela se encontrar num casamento polígamo), ser tratada de maneira decente e razoável, e não ser tratada de maneira prejudicial pelo seu marido.

1. Direitos Financeiros

a) O mahr (dote).

Este é o dinheiro que é dado à mulher quando o contrato de casamento é completado ou quando o casamento é consumado. É um direito que o homem é obrigado a pagar à mulher. Allah diz:

“Concedei os dotes que pertencem às mulheres e, se for da vontade delas conceder-vos algo, desfrutai-o com bom proveito.” (Qur’an 4:4)

A prescrição do mahr demonstra a seriedade e importância do contrato de casamento e é um símbolo de respeito e honra para a mulher.

O mahr não é uma condição ou parte essencial do contrato de casamento, de acordo com a maioria dos sábios; pelo contrário, é uma das consequências do contrato. Se o contrato de casamento é feito sem menção do mahr, o casamento ainda é válido, de acordo com o consenso da maioria, porque Allah diz:

“Não tereis pecado se vos divorciardes das vossas mulheres antes de as teres tocado ou fixado o dote…” (Qur’an 2:236)

O facto de que o divórcio é permitido antes da consumação do casamento ou antes do mahrser estipulado indica que é permitido não estipular qualquer mahr no contrato de casamento.

Se o mahr é estipulado, torna-se obrigatório para o marido; se este não é estipulado, ele deve dar o mahr que é dado normalmente às mulheres de estatuto semelhante ao da sua esposa.

b) Despesas.

Os sábios do Islam concordam que é obrigatório para os maridos despender nas suas mulheres, com a condição de que a esposa esteja disponível para o seu marido. Ela não será intitulada a tal despesa se recusar ou mostrar indisciplina.

A razão pela qual é obrigatório gastar nela é porque a mulher está disponível só para o seu marido, por causa do contrato de casamento, e ela não pode sair de casa sem a permissão do seu marido (que será um assunto já discutido entre marido e mulher se ela tiver que sair várias vezes durante o dia, ou algo do género). Então ele tem que despender nela e sustentá-la, e isto é em troca do amor e afeição dela.

O significado de despesa é dar o que a esposa precisa como comida e acomodação. Ela tem o direito a estas coisas mesmo se ela for rica, porque Allah diz:

“mas o pai da criança deve sustentar o custo da comida da mãe e vesti-la equitativamente”. (2:233)

“Que o homem rico despenda de acordo com os seus meios; e que o homem, cujos recursos forem parcos, despenda de acordo com o que Allah lhe deu”. (65:7)

Evidências na Sunnah:

Foi relatado que ‘A’isha disse: “Hind Bint ‘Utbah, a mulher de Abu Sufyan, foi ao Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) e disse ‘Ó Mensageiro de Allah, Abu Sufyan é um homem avarento que não despende o suficiente em mim e nos meus filhos, excepto aquilo que tiro da riqueza dele sem o seu conhecimento. Cometi algum pecado ao fazer isto?’. O Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse ‘Tira da riqueza dele, equitativamente, só o que é suficiente para ti e para os teus filhos'”. (Bukhari, 5049; Muslim, 1714)

Foi relatado de Jabir que o Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse no seu Último Sermão:

“Temam a Allah em relação às mulheres! De facto, vós as tomastes pela confiança de Allah e relações com elas tornaram-se permitidas para vós pelas palavras de Allah. Vocês também têm direitos sobre elas, e elas não devem deixar sentar nas vossas camas (i.e. entrar em casa) alguém que vocês não gostam. Mas se elas fizerem isso, podereis castigá-las, mas não severamente. Os direitos delas sobre vós é que as sustenham com comida e roupa devidamente”. (Muslim, 1218)

c) Acomodação

Isto é também um dos direitos da esposa, o que significa que o seu marido deve preparar a sua acomodação de acordo com os seus meios e capacidade. Allah diz:


“Acomodem-nas (as mulheres divorciadas) onde vocês vivem, de acordo com os vossos meios” (65:6)

2. Direitos não financeiros


a) Tratamento justo entre esposas (se houver mais que uma esposa).

Um dos direitos que uma esposa tem sobre o seu marido é que ela e as outras esposas sejam tratadas igualmente, se o marido tiver outras esposas, em relação às noites, despesas e roupa.

b) Tratamento bondoso.

O marido deve ter uma boa atitude, ser bondoso e gentil para com a sua esposa, e deve oferecer-lhe o que a possa fazer feliz. Allah diz:

“e vivei com elas de forma honrada” (4:19)

“E elas (mulheres) têm direitos (sobre os seus maridos) semelhantes (aos dos seus maridos) sobre elas de forma equitativa” (2:228)

Evidências na Sunnah:

Foi relatado que Abu Hurairah (radiAllahu ‘anhu) disse: “O Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse: ‘Sejam gentis para com as mulheres'”. (Bukhari, 3153; Muslim, 1468)



Exemplos do tratamento gentil do Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) para com as suas esposas:

1. Foi relatado de Zaynab Bint Abi Salamah que Umm Salamah disse: “A minha menstruação tinha chegado quando estava deitada com o Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) por baixo de um só lençol de lã. Eu saí e pus as roupas que normalmente uso durante a menstruação. O Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) perguntou-me ‘Tens a menstruação?’. Eu disse ‘Sim’. Depois ele chamou-me e fez-me ficar por baixo do mesmo lençol”.

Ela (Zaynab) disse: E ela (Umm Salamah) contou-me que o Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) costumava beijá-la enquanto ele jejuava, e o Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) e ela costumavam lavar-se do estado de janaabah (estado após relação sexual) de um só vaso. (Bukhari, 316; Muslim, 296)

2. Foi relatado que ‘Urwah Ibn Al-Zubayr disse: “‘A’isha disse: ‘Por Allah, eu vi o Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) em pé em frente à porta do meu apartamento quando os abissínios estavam a brincar com as suas espadas na mesquita do Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam). Ele cobriu-me com o seu manto para que eu pudesse ver os seus jogos, depois ele ficou assim por mim até eu me cansar. Por isso vocês devem apreciar o facto de que meninas pequenas gostam de se divertir'”. (Bukhari, 433; Muslim, 892)

3. Foi relatado por ‘A’isha, a Mãe dos Crentes (radiAllahu ‘anha), que o Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) costumava rezar sentado; ele recitava o Qur’an enquanto sentado, depois quando restavam trinta ou quarenta versos, ele levantava-se e recitava-os de pé. Depois ele fazia ruku’, depois sujud; depois ele fazia o mesmo no segundo rak’ah.

Quando ele acabava a sua oração, ele olhava, e se eu estivesse acordada, ele falaria comigo e se eu estivesse a dormir, ele deitava-se. (Bukhari, 1068)

c) Não causar qualquer dano ou prejudício.

Isto é um dos princípios básicos do Islam. Porque prejudicar os outros é haraam no caso de estranhos, então é ainda mais proibido fazer isto à esposa.

Foi relatado de ‘Ubaadah Ibn As-Samit que o Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) ordenou: “Não deve haver prejudício, nem prejudício recíproco”. (Ibn Majah, 2340; Este hadith foi classificado como sahih pelo Imam Ahmad, al-Hakim Ibn al-Salah e outros. Ver Khalasat al-Badr al-Munir, 2/438)

Entre as coisas para que o Legislador nos chamou à atenção neste assunto é a proibição de golpear ou bater severamente, como foi mostrado no sermão final do Profeta (salAllahu ‘alayhi wa salam) citado acima.

Os direitos do marido:

Os direitos do marido sobre a sua esposa estão entre os maiores direitos; de facto, os direitos sobre ela são maiores que os direitos sobre ele, porque Allah disse:

“E elas (mulheres) têm direitos (sobre os seus maridos) semelhantes (aos dos seus maridos) sobre elas (em relação a obediência e respeito) de forma equitativa, mas os homens têm um grau (de responsabilidade) sobre elas” (2:228)

Al-Jassas disse:

“Allah diz-nos neste verso que cada cônjuge tem direitos sobre o outro, e que o marido tem um direito particular sobre a sua esposa que ela não tem sobre ele.”

Ibn Al-‘Arabi disse:

“Este texto menciona que ele tem algum direito prioritário sobre ela em relação a direitos e deveres no casamento.”

Os direitos incluem:

a) A obrigação da obediência.

Allah fez do homem um qawwaam (protector e sustentador) da mulher ordenando, direccionando e cuidando dela, tal como guardiões cuidam dos seus encargos, pela virtude das qualidades físicas e mentais que Allah deu aos homens e a obrigação financeira que Ele ordenou a eles. Allah diz:

“Os homens são os protectores e sustentadores das mulheres, porque Allah dotou um (com mais força) acima do outro, e porque eles gastam (para as apoiar) dos seus meios” (4:34)

‘Ali Ibn Abi Talhah disse, narrando de Ibn ‘Abbas:

“Os homens são os protectores e sustentadores das mulheres” significa que eles estão encarregues delas, isto é, ela deve obedecê-lo em assuntos de obediência que Allah a ordenou, e obedecê-lo tratando a sua família bem e cuidando da sua riqueza. Esta era a opinião de Muqaatil, al-Saddi e al-Dahhak.

(Tafsir Ibn Kathir, 1/492)

b) Estar disponível para o seu marido.

Um dos direitos que o marido tem sobre a sua esposa é poder estar com ela. Se ele casa com uma mulher que pode ter relações sexuais, ela é obrigada a obedecer quando ele pedir por este direito de acordo com o contrato que ambos fizeram. Isto é depois dele lhe oferecer o mahr imediato, e depois de lhe dar um tempo – dois a três dias, se ela o pedir – para se preparar, porque isso é algo que ela precisa, e porque isso é costume.

Se uma mulher recusa a responder às necessidades (sexuais) do seu marido, ela fez algoharaam e cometeu um pecado, a não ser que ela tenha uma desculpa legítima como menstruação, jejum obrigatório, doença, etc.

Foi relatado que Abu Hurairah (radiAllahu ‘anhu) disse: “O Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse: ‘Quando um homem chama a sua mulher para a cama e ela recusa, e ele dorme zangado com ela, os anjos amaldiçoam-na até de manhã'” (Bukhari, 3065; Muslim, 1436)

Nota: Isto não quer dizer que a mulher não pode recusar quando não se sente desconfortável em certas situações. O marido tem o dever de fazer a sua esposa sentir-se confortável e deve tentar o seu melhor em acomodá-la. Não faz sentido, por exemplo, que o marido peça algo deste género quando um familiar da esposa tiver morrido há pouco tempo e ela sentir-se afectada, enquanto ele sabe disso. Ambos marido e mulher devem ter em conta a situação e sentimentos um do outro. O que consta neste hadith, e noutras evidências, quanto à obrigação da mulher de responder ao chamamento do seu marido para relações maritais, é porque o marido tem esta necessidade mais que a mulher e, pelo casamento, esta necessidade é cumprida e é feita lícita para ele e ela.

c) Não admitir alguém que o marido não gosta dentro de casa.

Um dos direitos que o marido tem sobre a sua esposa é que ela não deve permitir alguém que ele não gosta dentro da sua casa.

Foi relatado de Abu Hurairah (radiAllahu ‘anhu) que o Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam) disse: “Não é permitido a uma mulher jejuar quando o seu marido está presente sem a sua permissão, nem é permitido a ela admitir qualquer pessoa na sua casa sem a sua permissão. (…)”. (Bukhari, 4899; Muslim, 1026)

Nota: A razão pela qual o jejum voluntário (não o obrigatório) não é permitido à mulher na presença do seu marido, é porque durante o jejum não é permitido haver relações sexuais, pois estas invalidam o jejum. E este direito é obrigatório para o marido e não deve ser substituído por algo que é voluntário. Este assunto deve ser discutido entre marido e mulher; e o marido, como será visto abaixo, deve encorajar a sua esposa a fazer actos voluntários que a façam uma muçulmana melhor e que aumentem a sua conexão com Deus.
Sobre não admitir pessoas em casa que o marido não goste, refere-se a casos em que não se conhece a pessoa que está à porta ou alguém que o marido não goste por ser uma má influência ou um homem que não seja mahram (que não possa estar sozinho com a sua esposa, por ordens de Allah). E ao mesmo tempo, a esposa deve impedir pessoas que possam afectar a sua família negativamente de entrar no seu lar, pois isto é um dever indicado por Allah e pelo Seu Mensageiro.

Foi relatado de Sulayman Ibn ‘Amr Ibn Al-Ahwas: “O meu pai contou-me que ele estava presente na Peregrinação de Despedida (Hujjat al-Wadaa’) com o Mensageiro de Allah (salAllahu ‘alayhi wa salam). Ele (o Profeta) louvou e glorificou Allah, depois ele pregou e disse:
‘Tratem as mulheres gentilmente, pois elas são prisioneiras e vocês não têm qualquer poder sobre elas a não ser isso, se elas são culpadas de obsecenidade pública, então recusem a partilhar a cama com elas, e deem-lhes uma tapa (para mostrar desacordo), mas não severamente. Mas se elas voltarem em obediência, (então) não procurem meios (de incómodo) contra elas. Vocês têm direitos sobre as vossas mulheres e as vossas mulheres têm direitos sobre vós. Os vossos direitos sobre as vossas mulheres são que elas não deixem alguém, que vocês não gostam, sentar na vossa cama e elas não devem deixar alguém, que vocês não gostam, entrar na vossa casa. Os direitos delas sobre vós são que as alimentem e as vistam bem'”.
(At-Tirmidhi, 1163 – sahih hasan hadith; Ibn Majah, 1851)

E parte do sermão que foi citado acima também deve ser levado como evidência neste tópico.

d) Não sair de casa sem permissão do marido.

Um dos direitos do marido sobre a sua esposa é que ela não deve sair de casa sem a sua permissão.

Nota: este tópico foi discutido nos direitos e deveres da mulher acima.

e) Disciplina.

O marido tem o direito de disciplinar a sua esposa se ela o desobedecer em algo bom, não quando ela o desobedecer em algo pecaminoso.

“Quanto às mulheres em que virem má conduta, alertem-nas (primeiro), (depois) recusem partilhar as vossas camas com elas, (e por último) deem-lhes uma tapa (levemente, sem causar dano ou magoar, se for útil e fizer diferença para melhor)” (4:34)

“Ó crentes! Afastem-se e às vossas famílias de um Fogo (Inferno) cujo combustível são homens e pedras” (66:6)

Ibn Kathir disse:

Qutadaah disse: “devem ordená-las a obedecer a Allah, e proibi-las a desobedecer a Allah; devem estar encarregues delas de acordo com a ordem de Allah, e instruí-las a seguir as ordens de Allah, e ajudá-las a fazê-lo. Se virem qualquer acto de desobediência para com Allah, então impeçam-nas de o fazer e repreendam-nas por isso.”

Isto era também a opinião de al-Dahhak e Muqaatil: que o dever do muçulmano é ensinar a sua família, incluindo os seus familiares e servos, aquilo que Allah lhes ordenou a fazer e aquilo que Allah lhes proibiu de fazer.
(Tafsir Ibn Kathir, 4/392)

f) A esposa deve servir o marido.

Há várias evidências para isto e algumas delas foram citadas acima.

Sheikh al-Islam Ibn Taymiyah disse:

Ela é obrigada a servir o seu marido de acordo com o que é costume entre as pessoas de estatuto semelhante. Isso varia de acordo com circunstâncias: a maneira como uma beduína serve (o seu marido) não será a maneira de uma mulher da cidade, e de uma mulher forte não será a maneira de uma mulher com fraqueza. (al-Fatawa al-Kubra, 4/561)

g) Estar disponível para o seu marido.

A partir do momento em que as condições do casamento são cumpridas ou estipuladas e estas são válidas, a mulher deve estar disponível para o seu marido e deve permitir que ele se aproxime dela (para relações maritais), porque o contracto permite esta união.

h) A mulher deve tratar o seu marido bem.

Allah diz:

“E elas (mulheres) têm direitos (sobre os seus maridos) semelhantes (aos dos seus maridos) sobre elas (em relação a obediência e respeito) de forma equitativa…” (2:228)

Al-Qurtubi disse:

Foi também relatado dele – isto é, Ibn ‘Abbas – que isto significa: “elas têm direito a boa companhia e tratamento gentil e razoável dos seus maridos tal como elas são obrigadas a obedecê-los.”

E foi dito que elas têm o direito de não serem magoadas pelos seus maridos, e os seus maridos têm um direito semelhante sobre elas. Esta foi a opinião de al-Tabari.

Ibn Zayd disse: “Vocês devem temer a Allah em relação a elas, tal como elas devem temer a Allah em relação a vocês”.

Os significados são semelhantes, e o verso inclui isso tudo nos direitos e deveres do casamento. (Tafsir al-Qurtubi, 3/123-124)

Fonte: IslamQA – Sheikh Muhammed Salih Al-Munajjid


Traduzido e Adaptado por Cláudia Sofia Simões (Safyiah)

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Maa Salama

Dicas para um muçulmano se portar diante da mídia e jornalistas

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Salam

Hoje trago um texto que na minha opinião é um texto muito importante que todo muçulmano deveria ler.O texto fala sobre como nós muçulmanos nos devemos portar diante da mídia e jornalistas,já que o Islam está crescendo no Brasil,e isso vem despertando interesse geral das pessoas.

Dicas para um muçulmano se portar diante da mídia e jornalistas:

A globalização e os recentes acontecimentos da nossa história têm colocado muitos países árabes e os muçulmanos na mídia. Com a expansão do Islã pelo mundo, a imigração e as reversões, é normal que cada vez mais sejamos abordados pela mídia para reportagens sobre o tema.

Estamos no Brasil, um país multicultural e aparentemente aberto às diferenças. Mas, infelizmente, a abordagem da mídia sobre nós por aqui ainda é muito caricata e em busca do exótico. Mesmo no nosso círculo normal de amigos e trabalho, quem nunca viu uma cara de espanto ao revelar que é muçulmano? Quantas perguntas se seguem a esta revelação, enquanto outros católicos/judeus/evangélicos não precisam ficar explicando nada sobre suas respectivas crenças?

Se entre nossos amigos já precisamos ter conhecimento para passar informações corretas e saber que o que falamos poderá refletir na imagem que os outros têm de nossa religião,  imagina quando um jornalista se aproxima de nós e nossa opinião será divulgada para centenas, milhares de pessoas?

Como sou jornalista, vou compartilhar algumas técnicas que usamos nas redações para tratar pautas e reportagens, e isso poderá ajudar caso um dia você receba um pedido para entrevista em que o Islã de alguma forma é abordado:

– Um jornalista, antes de procurar um entrevistado, tem sempre uma pauta. É o tema sobre o que ele vai escrever/filmar. Geralmente ele tem algo muito específico, como, por exemplo, “´Por que muitas mulheres estão se convertendo ao Islã no Brasil?”. Então, antes de dar entrevista, pergunte qual é a pauta específica, e lembre-se que você pode falar mil coisas, mas que o foco vai ser aquele apenas.

– Quando jornalistas têm uma pauta sobre comportamento, eles vão atrás de “personagens” que confirmem a teoria dele. Então, lembre-se que você será usado para provavelmente confirmar o que ele diz, no máximo, servindo para um contraponto (para o jornalista se dizer imparcial, ele geralmente busca um que vai contra pra colocar no final da matéria e dizer que “ouviu o outro lado”).

– Confira se a pauta é condizente com a conduta islâmica e se não abordará temas muito polêmicos e difíceis. É muito fácil para um jornalista pegar apenas um pedaço do que você disse num contexto e inserí-lo em outro bem diferente. Por isso, caso seja algo muito polêmico, seja claro no que diz e sempre que precisar dizer algo que possa ser muito polêmico, ressalte em que contexto isso deve ser usado.

Um exemplo: Você está explicando todos os cuidados que o marido tem de ter com a esposa, como é o casamento no Islã, o dote, etc. No final, o repórter pergunta por que o Alcorão diz que o homem é superior a mulher. E baseado em tudo que você disse antes você explica esta parte.  Aí chega a reportagem publicada e está apenas uma frase sua “sim, o homem é superior a mulher”… e nada do resto que você explicou. O que as pessoas vão achar? Que a mulher muçulmana é considerada inferior dentro dos conceitos ocidentais, o que na realidade não tem relação nenhuma com o que o Islã prega.

– Se você não tem certeza da resposta de alguma pergunta, não tenha vergonha de dizer que prefere não responder. É melhor não dizer nada do que falar algo errado que pode denegrir a religião depois. Se der, pesquise antes sobre os temas mais comuns que perguntam sobre a religião, com um sheik ou fazendo pesquisas, e será mais fácil.

– Não se encante pelo jornalista legal. Se o cara trabalha em grande jornal ou televisão, há sempre um encantamento e muita gente é isca fácil. Ele pode estar tomando café com você, ou mesmo sem gravador ou microfone, fazendo perguntas e falando da vida dele, o que dá abertura para você falar de você. Isso tudo é “on” para o jornalista. Ou seja, não se assuste se ele usou algo que você disse numa conversa informal e que você não teria dito se não estivesse pensando. Jornalista não é amigo, ele só está sendo legal para você se soltar mesmo.

– No caso das mulheres com véu, cuidado extra. É muito comum insistirem em perguntas pessoais e da sua escolha, o porquê das roupas. No caso das convertidas, vão querer saber como eram no passado. Se você falar de atitudes erradas no passado ou mostrar fotos suas mostrando seu cabelo e com roupas curtas, poderá muito bem ser exposta por algo que não é mais e ficar chateada, mesmo que tenha sido algo sem intenção.

– Não é educado pedir para ler a reportagem depois de pronta, a não ser que o repórter ofereça. Mas é muito raro o profissional oferecer isso, por isso lembre-se das dicas de antes e cuidado com o que fala.

– Por fim, se o jornalista tem interesse de falar com você, tente aproveitar este interesse e use a favor da religião. Divulgue informações positivas e pacíficas, pois quanto mais nos expormos e ficarmos conhecidos, menos preconceitos contra nós teremos. Acho que não devemos nos esconder ou retrair, muito pelo contrário, mas utilizar as oportunidades que cada vez mais irão aparecer em benefício do Islã.

Por: Marina

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Maa Salama!

 

O Ego (Nafs)

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Em nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador!

 O Louvor é para Allah, O Louvamos, Imploramos a Sua ajuda e Suplicamos o Seu perdão. E nos refugiamos em Allah contra o mal das nossas almas e das nossas más ações. Aquele a quem Allah guiar ninguém poderá desencaminhar e aquele a quem Allah desencaminhar ninguém poderá encaminhar. Testemunho que não há divindade digna de adoração exceto Allah, o Unico e testemunho que Muhamad é Seu servo e mensageiro. Que a paz e as bênçãos de Allah estejam com nosso amado Profeta Muhamad SAAS, com seus familiares, seus companheiros e com todos seus seguidores até o Dia do Juízo final. Amin!

 A nossa aula de hoje fala de um assunto muito importante para todo o muslim. Nossa aula de hoje é sobre o Jihad al-nafs, ou seja, Jihad (esforço) contra nosso próprio ego. Esse jihad não é um esforço do corpo, mas sim do coração. Nessa aula insha Allahu Ta’ala falaremos sobre o que é o Nafs e o que é o jihad, e após isso uniremos as duas expressões Jihad al-nafs.

Bom, mas o que é o Nafs (ego)?  Allah SWT nos informou no Quran que existem 3 tipos de Nafs.

primeiro tipo de nafs é o denominado por Allah como: “Nafsu amaratun bi su” ou seja, o Nafs que incentiva a fazer o mal. Esse tipo de nafs é aquele que busca o ruim, que busca o haram. Este é o pior tipo. Allah SWT disse:

“…porquanto o ser é propenso ao mal, exceto aqueles de quem o meu Senhor se apiada, porque o meu Senhor é Indulgente, Misericordiosíssimo.”  (Yussef 53)

“… ina al nafsu amaratun bi su ila man rahima rabi ina rabi Ghafurun Rahim.”

segundo tipo de Nafs é o denominado por Allah como: “Nafs Lawamah”, ou seja, o nafs que condena a si mesmo. É aquele nafs que quando faz um  haram logo se reprova. Allah SWT disse no Quran:

“Juro, pelo Dia da Ressurreição, E juro, pela alma que reprova a si mesma” ( Qiamah 1-2).

“La uqsimu bil yaum al qiamah, wala uqsimu bil nafsi lawamah

Mas…porque Allah SWT colocou esse tipo de nafs na sura al Qiama (A ressurreição)? Porque uma coisa é ligada com a outra. Se você quer que seu nafs condene a si mesmo deverá lembrar muito do dia da ressurreição. Lembrando do Dia da Ressurreição você lembrará dos seus pecados e então sua alma se reprovará.

terceiro tipo é o Nafs Al Mutmainah, é o Nafs em Paz. É aquele nafs preenchido com a fé e com a luz de Allah SWT. É o nafs confiante em Allah, temente a Ele. Nafs que ama Allah e que busca Allah SWT. Vejam como Allah SWT fala desse nafs no Quran:

“E tu, ó alma em paz, Retorna ao teu Senhor, satisfeita (com Ele) e Ele satisfeito (contigo)! Entre no número dos Meus servos! E entra no Meu jardim!” ( Surat al fajr)

“Ya ayuha al nafsu al mutmaina irji’i ila rabiki radian mardiya fadkhuli fi ‘ibadi wadkhuli janati”

Nosso nafs pertence a qual desses tipos?

Existe um quarto tipo de nafs, mas esse tipo não foi citado por Allah no Quran. Porque? Porque não mereceu ser citado. Que tipo de Nafs é esse? É o Nafs Al Ghafila, ou seja, o Nafs desatento. É aquele que não está levando nem para o bem nem para o mal. É aquele nafs que simplesmente vive, mas sem finalidade alguma na vida. Pensa que a vida é comprar uma roupa bonita, sair para uma festa, casar, ter filhos, trabalhar e ponto final. Acontece que o ser humano não foi criado com esse objetivo, mas ele está desatento para com o objetivo para o qual foi criado. Allah SWT disse no Quran:

“Temos criado para o inferno numerosos gênios e humanos com corações com os quais não compreendem, olhos com os quais não vêem, e ouvidos com os quais não ouvem. São como as bestas, quiçá pior, porque são displicentes.” (7:179)

Irmãos, nós somos de um desses tipos. Que nafs é o nosso?  Alguns podem ter mais de um tipo de nafs num mesmo dia. Por ex. Acordou com o nafs em paz, saiu na rua e seu nafs se transformou naquele que incentiva a fazer o mal, voltou pra casa e o nafs se transformou naquele que reprova a si mesmo.

Todos nós gostaríamos de ter o nafs al mutmainah (em paz) por isso a nossa aula de hoje é sobre o jihad contra o nafs.

Allah SWT disse no Quran:

“Pela alma e por Quem aperfeiçoou, E lhe imprimiu o discernimento entre o que é certo e o que é errado, Que será venturoso quem a purificar (a alma),E desventurado quem a corromper.”  (Shams)

Bom, como nós sabemos todo ser humano tem um qarin (acompanhante constante) dentre os shayatin (demônios) para incentivar a fazer o mal e um dentre os anjos para aconselhar o bem. Agora pode surgir uma dúvida: Como diferenciar se é o shaytan ou se é o meu nafs que está me levando ao haram? Pois bem, o Shaytan (que a maldição de Allah recaia sobre ele) procura os tipos de haram e mostra eles a você, lhe convidando e seduzindo a fazer o haram. Quando você por exemplo pensa em fazer um haram esse é o shaytan, então a forma de se proteger é dizer: “Audho billahi mina shaytan arajim” (Me refugio em Allah contra o demônio amaldiçoado). Mas agora quando você tem o desejo e a vontade de cometer um haram esse é o teu nafs.  Quando teu nafs está acostumado com o haram, fica dificil deixá-lo e aqui vem o jihad al nafs. Então jihad al nafs seria você tirar o teu nafs do haram.

Por exemplo, nós sabemos que no Ramadan os shayatin (demônios) ficam acorrentados, então porque mesmo assim as pessoas cometem haram? Porque o nafs é fraco, é acostumado com o haram e leva até ele. Ou seja, é um nafs ao qual nunca foi negado nada, entao essa pessoa se torna um escravo do seu nafs. Para que isso não ocorra você deve aprender a dizer não ao teu nafs e aqui vem o jihad.

Bom, nós já falamos do nafs, agora o que é Jihad? Jihad não significa somente lutar contra os inimigos de Allah com as armas. A palavra jihad significa literalmente esforçoNa terminologia islâmica Jihad significa o esforço do muslim para fazer com que a palavra de Allah seja elevada e estabelecer a Sua religiao na terra. Os  ‘Ulamah (Sábios) dividiram o jihad em 13 tipos. O Jihad al nafs é dividido em 4 tipos são eles:

1- O esforço para aprender os ensinamentos do Islam sem os quais não poderá atingir sucesso e felicidade neste mundo ou no Futuro; se ele deixar isso de lado que será sentenciado com a miséria neste mundo e no Futuro. Entao jihad para buscar conhecimento do Islam. Aprender o Quran, memorizar suras, ler ahadith, ler livros que explicam o islam, assistir aulas, etc.

2- Esforço para atuar conforme o que a pessoa aprendeu. Saber o islam sem agir, embora possa não causar dano, não vai trazer qualquer benefício.  Além disso lutar contra os desejos do nafs, se afastando deles e controlando o nafs.

3- Esforço para chamar  os outros ao Islam , ensinando e passando a eles o que eles não sabem, ou seja, a Da’wa ila Allah. Caso contrário a pessoa será considerada dentre aqueles que escondem o que Allah revelou de orientação e ensinamentos.

4- Esforço para agüentar as dificuldades pacientemente no chamamento das pessoas a Allah e os insultos das pessoas; agüentando tudo aquilo por causa de Allah.

Se uma pessoa conseguir reunir esses quatro tipos de jihad será considerada entre os Rabaniyin, e Allah SWT denomina de Rabaniyin aqueles que sao servos do Senhor, aqueles que estudam e ensinam o Livro. (Al Imran 79)

Jihad contra o Shaytan são de 2 tipos:

1) Repelindo as dúvidas que o shaytan colocam na nossa mente para tentar arruinar nossa fé, e esse primeiro tipo o jihad é conseguido com a certeza na fé que só vem com o conhecimento.

2) Repelindo o haram que ele te induz a fazer e te convida a fazer, e esse jihad só é conseguido com o sabr (paciencia).

Allah SWT disse no Quran:

“E designamos líderes dentre eles, os quais encaminham os demais segundo a Nossa ordem, porque perseveraram e se persuadiram dos Nossos versículos.”

Portanto a paciência repele os desejos e a certeza (al yaqeen) repele as dúvidas.

Depois vem o jihad contra os kafirin e os munafiqin (hipócritas) e esses são divididos em tipos: com o coração, reprimindo e odiando seus atos, com a língua, falando e demonstrando repúdio, com a riqueza, doando dos seus bens pela causa de Allah, e com as pessoas através da luta.

E por último o Jihad contra os lideres da opressão, da inovação e do haram, e esse jihad pode ser de 3 tipos:

1) Jihad atraves dos atos, impedindo um haram com as maos, se ela for capaz.

2) Se nao for possivel, Jihad com a língua, falando contra o haram

3) Se isso também não for possivel, jihad com o coração, repudiando e odiando o mal e o haram.

Esses são os 13 tipos de Jihad, quantos deles você pratica?  Irmãos aprendam o islam, estudem o islam, memorize o Quran, leiam Ridussalihin, estude a biografia do Profeta SAAS, ensinem as pessoas o islam, chamem as pessoas para Allah. O Profeta SAAS disse: “Divulgem o que aprenderam por mim nem que seja um versiculo”.  Entao qualquer um de nós que cumpra com algum desses tipos de Jihad é considerado um Mujahid pela causa de Allah.

 Quem foi a melhor das criaturas de Allah? O Profeta Muhamad SAAS. Porque? Porque ele preencheu na sua vida todos os tipos de Jihad e guiou e ensinou seus companheiros e seguidores a lutar contra o shaytan e seus egos, ensinou-os a serem mujahidin pela causa de Allah. Ensinou-os a tal ponto que o Profeta SAAS disse a um dos sahabah, Omar Ibn Khatab (segundo khalifah do islam): “Por Allah Oh Omar que quando você anda por um caminho o shaytan desvia e anda por outro”. Masha Allah, o jihad dele era tão firme que o shaytan temia a Omar e nao se atrevia a andar no mesmo caminho que ele.

Bom, nós falamos sobre o nafs e sobre o jihad separadamente. Agora vamos unir os dois, vamos falar do Jihad al Nafs. O Profeta SAAS disse aos sahabah quando voltaram de um batalha: “Nós voltamos do jihad menor para o jihada maior” Os sahabah disseram: “Há algum jihad maior do que o jihad contra os kuffar?” E ele SAAS respondeu: “Sim, o Jihad al Nafs”. Este hadith é considerado Daif (cadeia de transmissão fraca), mas sem sombras de dúvidas que o jihad contra o ego vem antes do jihad contra os kuffar.

Irmãos, jamais seremos crentes até que julguemos nossos próprios egos. Temos que parar todos os dias e julgar nosso proprio nafs, perguntando a ele sobre as nossas ações. Devemos perguntar ao nosso nafs: “Porque eu fiz tal coisa?”, “Qual foi a minha intenção ao fazer tal coisa?”, “O que eu fiz durante o dia?”. Faça o teu julgamento sobre o teu nafs e lute para obter sempre melhores resultados. Isso é a jihad al nafs.

Um dos Tabein (seguidores dos sahaba) disse: “Os inimigos do ser humano são 3: a dunia (a vida terrena), o shaytan (o demonio) e o nafs. Lutem contra a vida terrena não se apegando a ela, lutem contra o shaytan buscando refúgio em Allah e afastando as más idéias e intenções, e lutem contra o nafs com o jihad.”

Irmãos, aquele que não faz jihad contra seu ego e seus desejos é escravo do seu nafs. Allah SWT disse no Quran:

“Não tens reparado em quem toma por divindade os seus desejos? Ousarias advogar por ele?” (25:43)

Imaginem, no dia do juizo cada um seguirá aquilo que ele adotou como divindade, já imaginou audho billah você no dia do juizo seguindo os teus desejos e eles te encaminharem até o inferno. Isso porque nunca conseguiram dizer não ao seu nafs quanto aos seus desejos. Olhem a diferença daquele que é servo de Allah e aquele que é servo dos seus desejos, ou então servo da moda, ou então servo do dinheiro. Cada um toma por divindade aquele a quem ele obedece, se você obedecer a Allah em detrimento de obedecer ao teu nafs serás um servo de Allah, agora se obedecerdes o teu nafs em detrimento da obediência a Allah terá tomado por divindade os teus desejos.

Irmãos, nós temos que fazer jihad, lutar contra os desejos do nosso ego, nós temos que aprender nosso din, nós temos que nos firmar com as companhias que nos aproximem de Allah e nos afastar daquelas que nos afastam Dele, isso tudo é jihad, Allah SWT disse no Quran:

“Sê paciente, juntamente com aqueles que pela manhã e à noite invocam seu Senhor, anelando contemplar Seu Rosto. Não negligencies os fiéis, desejando o encanto da vida terrena e não escutes aquele cujo coração permitimos negligenciar o ato de se lembrar de Nós, e que se entregou aos seus próprios desejos, excedendo-se em suas ações.” (Al Kahf)

Se eu me enfurecer tenho que lutar contra meu nafs para que isso não aconteça, o Profeta SAAS disse: “O forte não é aquele que tem força física, mas aquele que controla seu nafs no momento de fúria.” Devemos dominar e governar o nosso nafs e não deixar ele nos dominar. Agora pare e se pergunte: Qual dos dois está dominando? Você ou seu ego?

Allah SWT disse no Quran:

“E aos que lutam por Nós, certamente, guia-los-emos a Nossos caminhos. E por certo Allah está com os benfeitores” (29:69)

Ou seja, aquele que lutar pela causa de Allah, lutar contra seu nafs será guiado por Allah, estará na senda de Allah, estará entre os amados de Allah. Por Allah irmãos que não há nenhum jihad que nós fizemos pela causa de Allah sem que Ele se aproxime de nós. Allah SWT disse: “Aquele que se aproximar de Mim um palmo Me aproximarei dele 2 palmos…”. Então se esforce pela causa de Allah e Allah facilitará teu caminho, mas primeiro precisa vir o teu jihad. Se você gosta de algo que é haram luta contra teu nafs e eduque ele para o halal e diga: Não! Aos teus desejo. Se você não consegue por o hijab, jihad irmas, luta contra teu ego e diga: “Não, eu seguirei a vontade de Allah SWT”. Esforcem-se e Allah facilitará o caminho.

Vejamos exemplos daqueles que lutaram contra seus nafs (egos):

 

Vejamos o exemplo de um companheiro do Profeta SAAS chamado Rabi’a que era empregado do Profeta SAAS.  Numa noite o Profeta SAAS chamou Rabi’a e disse-lhe: “Oh Rabi’a o que você gostaria?” Então ele respondeu: “Oh Mensageiro de Allah deixe-me pensar!” Qual era a idade desse sahabi? 17 anos. Então Rabi’a conta: “Comecei a pensar na vida terrena e suas belezas, mas então conclui: Não pedirei nada que não seja para a outra vida! Entao voltei até o Profeta SAAS e disse: “Oh Mensageiro de Allah peço-te a tua companhia no Paraiso!” E o Profeta SAAS disse: “Oh Rabi’a algo além disso?” E ele disse: “Não, só isso!”Então o Profeta SAAS disse: “Então me ajude contra teu nafs e aumente as tuas orações”. Irmãos essas palavras não são só para Rabi’a e sim para todos aqueles que querem a companhia do Profeta SAAS no Paraiso. Aumentem as orações voluntárias, viram o que o Profeta SAAS disse a ele: “Me ajude contra o teu nafs”.

Outro exemplo é o do sahabi Abdullah Ibn Rawaha. Na batalha de Mu’ta os inimigos lutavam cruelmente contra os muçulmanos que mantinham a bandeira islâmica para que com isso a batalha terminasse logo. Toda vez que alguém segurava a bandeira era morto, então outro pegava a bandeira antes que ela caisse e ficava no seu lugar. Até que então chegou a vez de Abdullah Ibn Rawaha segurar a bandeira e entrar a fundo na batalha, se ele pegasse de certeza morreria shahid. Então ele olhou a bandeira e pensou: pego a bandeira ou não? Então ele começou seu jihad contra seu nafs, começou a reprimir e encorajar seu nafs com palavras. Ele começou a dizer ao seu nafs: Juro por Allah que entrarás na batalha e se não entrares sua vida após isso será terrível. Qual é o teu problema oh nafs? Porque te vejo fugindo do Paraiso? Se não morreres agora de qualquer forma morrerás, e se morreres agora estarás bem guiada! Então nisso ele pegou a bandeira , então veio seu primo com um pedaço de carne lhe dizendo: “Pegue isso e descanse um pouco” faziam 6 dias consecutivos que eles estavam na batalha. Ele estava cansado, não pensem que para os sahaba as coisas eram mais fáceis, eles passavam pelo mesmo jihad que nós passamos hoje. Então ele pegou aquele pedaco de carne, comeu um pouco dele e disse: “Que é isso Oh Ibn Rawaha? Tu ainda estás nessa vida?” Então pegou a bandeira e lutou até morrer shahid. Entao o Profeta SAAS disse: “Vejo agora Ibn Rawaha no Paraiso!”.

Irmãos, vamos dizer o mesmo para o nosso nafs: Qual é o teu problema oh nafs? Porque te vejo fugindo do Paraiso?

Um dos Tabein dizia ao seu proprio nafs: “Oh nafs tu não és dos reis que tem todos os seus desejos nessa vida e nem dos verdadeiros adoradores que tem suas bênçãos na outra vida, onde estás então oh nafs?”

 

Irmãos temos que controlar nosso nafs até mesmo para com as coisas halal (permitidas). Málik Ibn Dinar entrou no mercado e viu um tipo de comida que ele gostava então ele comprou. Seguiu pelo mercado e viu outro tipo de comida que ele gostava e comprou. Depois viu um terceiro tipo de comida que ele gostava então ele disse: “Oh Nafs tenha paciência, não estou te proibindo isso por não gostar de ti, pelo contrário faço isso porque gosto de ti”. Olhem como ele educava seu nafs até mesmo com o halal.

Uma vez Omar Ibn Khatab viu um homem andando pelo mercado contando dinheiro para comprar algo. Então Omar perguntou a ele:“Porque você vai comprar isso?” Ele disse: “Porque eu quero isso!” Entao Omar disse: “E toda vez que você quer algo você compra?” Ele disse: “Sim”.Entao Omar tirou sua bengala e golpeou o homem. Ou seja, não serve isso, você chegar a tal ponto de comprar tudo aquilo que teu nafs te pedir, isso nao é certo.

Irmaos, devemos aprender a lutar contra nosso nafs, contra os nossos desejos, porque se seguirmos eles estaremos arruinados nessa vida e na outra. Devemos aprender a educar nosso nafs para o halal e mesmo no halal ser moderado. Vejamos por ex. Ali Ibn Abu Talebque na hégira dormiu no lugar do Profeta SAAS, quando o povo de Quraish havia planejado matar o Profeta SAAS. Vocês sabem qual era a idade dele nessa época? Ele tinha 20 anos. Se ele não fosse uma pessoa que lutasse constantemente contra o seu nafs jamais teria conseguido isso. Perguntaram a Ali como ele havia passado aquela noite e ele respondeu que havia sido a noite mais tranquila da sua vida. Agora um exemplo para as irmãs, na hégira do Profeta Muhamad SAAS ele e Abu Baker fizeram uma estratégia para que Quraish não descobrisse onde eles estavam, e se esconderam numa montanha chamada Thor. Asmah bint Abu Baker ficou encarregada de levar comida e água até eles, caminhava mais de 5 km por dia carregando água e comida, e inclusive subia nessa montanha para levar até eles. Qual era a idade dela? 23 anos e ainda estava grávida de 7 meses. Masha Allah, e nós não conseguimos fazer jihad contra nosso nafs para rezar o fajr, ou para fazer jejum voluntário, ou para deixar o haram. Olhem o exemplo dos sahabah e das shabiyat.

Mais um exemplo, Muhamad al Fáteh conquistou a Constantinopla (Istambul) e vocês sabem como ele conseguiu? Através de 1 hadith do Profeta Muhamad SAAS. Quanto tempo havia entre ele e o Profeta SAAS? 600 anos. Como foi isso? Ele ouviu um hadith no qual os companheiros do Profeta SAAS perguntaram: “Oh Mensageiro de Allah, qual dessas terras será conquistada primeiro: Constantinopla ou Roma?” O Profeta SAAS disse: “Constantinopla será conquistada primeiro e terá um exército abençoado e seu líder será abençoado.” Imaginem, ele era um jovem que ouviu esse hadith. Então o que ele fez?  Começou a correr atrás do conhecimento, memorizou todo o Quran, deixou o haram, lutou contra seu nafs e viveu pelo Islam, e então Constantinopla foi conquistada com suas mãos, e ele foi o líder abençoado ao qual o Profeta SAAS se referiu.

Irmãos o caminho de Allah precisa de jihad, nesse caminho o Profeta Nuh viveu 950 anos lutando contra o seu nafs e chamando as pessoas para Allah, o Profeta Yahiya foi assassinado, o Profeta Zakariya morreu serrado ao meio, O Profeta Ibrahim As foi jogado no fogo, o Profeta Muhamad sofreu e lutou toda sua vida por esse caminho, e nós agora queremos que o Islam venha até nós sem esforco nenhum? Vejam quantas pessoas sofreram e se sacrificaram para que hoje você fosse muslim.

Irmãos, nós temos que colocar um objetivo nessa vida. Por que você vive? Você foi criado para adorar a Allah. Nós não podemos viver nessa vida só para preencher nossos desejos porque assim perderemos essa vida e morreremos sem saber pq vivemos.  Portanto irmãos vamos colocar como meta na nossa vida viver pelo Islam, essa vai ser nossa meta daqui em diante, viver pelo Islam. Como assim? Tudo que nós formos fazer vamos pensar no Islam. Por ex. estudo na  faculdade portanto a minha meta é ser um exemplo do islam dentro e fora dela, vou mostrar meu orgulho de ser muçulmana firmando no meu hijab e me afastando das más companhias e das obscenidades. As irmãs que usam o hijab são vistas pelos não muçulmanos como o Islam andando na rua, portanto vejam a responsabilidade que nós temos quanto a isso, um mau comportamento seu pode ser a causa pela qual alguém tenha uma má imagem do islam, irmãs seremos cobradas por isso, portanto irmãs Jihad para se manter firme e longe do haram, jihad para deixar a vestimenta ocidental pela vestimenta que Allah nos prescreveu, jihad para ser um bom exemplo de conduta. Quanto aos irmãos jihad da mesma forma no trabalho, nos estudos, na vida em geral, jihad na Da’wa chamando os outros para Allah. Irmãos o Islam precisa de nós, nós temos que exaltar o islam e como iremos exaltá-lo? Praticando, lutando, se esforçando contra nós mesmos, procurando o conhecimento, estudem o islam, o Islam precisa de crentes com conhecimento e firmes na crença e nos atos. Portanto vamos colocar como meta: Viver pelo Islam, viver para exaltar o Islam, a religião de Allah SWT. Se nós fizermos isso, insha Allah estaremos entre os amados de Allah SWT e teremos alcançado a Satisfação Dele.

Ya Allah para Ti são todos os louvores e todo agradecimento, Alhamdulilah por teres nos guiado ao Islam, Alhamdulilah por teres nos encaminhado para a fé, Alhamdulilah pelo Quran, Alhamdulilah por teres no tirado da escuridão e nos levado para a luz. Ya Allah em ti cremos, em Ti confiamos e a Ti admitimos nossa fraqueza e nossos pecados, perdoa-nos por aquilo que cometemos no passado e pelo que cometeremos no futuro. Ya Allah firma-nos na fé e na orientação, e nos ajude a lutar contra nossos nafs, nos ajude a fazer a jihad pela Tua causa, ya Allah nos ajude na jihad atrás do conhecimento,  ya Allah nos ajude a colocar como meta na vida: viver pelo Islam e permita que a exaltação e a vitória do Islam venha através das nossas mãos. Ya Allah esse é o nosso Du’a e Tu és quem ouve a súplica daquele que Te suplica, com a Tua misericórdia aceite nosso Du’a! Allahuma Amin!

E que a paz e as bênçãos de Allah estejam com o Profeta Muhamad SAAS, e Louvado seja Allah Senhor do Universo.

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Maa Salama!

O Aborto no Islam

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Salam!

O tema é polêmico e vem sendo frequentemente debatido nos últimos anos. Será que um casal, mais especificamente uma mulher, tem o direito de abortar um feto sem justa causa, como o fato de simplesmente não estar preparada para ser mãe? Possui a mulher o direito de abortar um ser inocente que nada tem a ver com as escolhas de sua “geradora”?

Dentro da perspectiva Islâmica existem apenas duas situações em que o aborto é permitido:

a) Abuso sexual: O Islam é mais que uma religião, é uma forma de vida, onde todos os aspectos desta são compreendidos pela doutrina. Toda e qualquer fonte de um mal maior é sempre combatida em sua raíz através de comportamentos prescritos pela fé Islâmica, mesmo que alguns humanos não consigam enxergar nestes um fundamento. No caso de um estupro, tenta-se de todas as formas purificar a sociedade de possíveis brechas para que este delito maligno ocorra, por exemplo: a pudor e recato ensinado às mulheres, a separação entre homens e mulheres que não são familiares, os casamentos entre pessoas jovens, para assim, acalmar seus corações, a própria conduta ensinada pela religião perante a sociedade aos homens e às mulheres etc. Tudo isto visando vários objetivos, dentre eles, a não inclinação para uma possibilidade de estupro. Caso esta precauções não tenham sido suficientes e se confirme um caso de estupro, então, é permitido que esta mulher aborte, pois, ela foi vítima de um crime altamente traumático e o resultado desta ação pode vir a causar transtorno para a própria mãe; que irá criar desafeto por esta criança e esta trará uma má lembrança do ato sexual forçado, desonra para a família dentre outras consequências ruins.

Poucos são os casos, porém, se a mulher desejar prosseguir com uma gravidez resultante de um estupro, também é permitido.

b) Quando há risco de vida para a mãe: Quando uma gestação, por qualquer motivo que seja, cause alto risco de morte para a mãe, por exemplo, um bebê com má formação acentuada, também está permitido que ela realize o aborto.

c) Alguns casos de má formação do feto: Esta situação é mais delicada e deve ser minusciosamente acompanhada por um grupo de médicos e teólogos Islâmicos especialistas.

Tendo entendido os únicos casos em que o aborto é permitido, vejamos agora as condições:

a) Que seja feito antes de 4 mesesNo Islam, cremos que a alma da criança é soprada por um anjo a partir dos 120 dias de gestação, portanto, o aborto é permitido antes deste período sendo totalmente proibido que se aborte depois deste prazo, pois, o feto já é considerado um ser humano, e o Alcorão diz:

“E não matei o ser que Deus proibiu matar.” [Alcorão Sagrado17:33]

“Não cometais suicídio.” [Alcorão Sagrado 4:29]

“E não mateis vossos filhos por recear a pobreza, pois Nós os sustentamos bem como a vós. Sabei que o seu assassinato é um grande erro.” [Alcorão Sagrado 17:31]

No caso de um estupro, a mulher deve imediatamente interromper a gravidez, se assim desejar, logo que for comprovado que esta se encontra grávida.

(Baseado no veredicto Fataawa al-Lajnah al-Daa’imah, 21/452 e no livro Ahkaam al-Janeen fi’l-Fiqh al-Islaamipor ‘Umar ibn Muhammad ibn Ibraaheem Ghaanim.)

Maa Salama

Ciência Comprova: Jejum Islâmico Combate Alzheimer e Parkinson

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Salam!

Há cerca de 1.400 anos atrás o Profeta Muhammad (que a paz e as bençãos de Deus estejam com ele) jejuava as segundas e quintas-feiras.
Certa vez quando foi questionado por seu companheiro Abu Huraira por qual motivo fazia tal coisa ele disse: “As obras são apresentadas a Allah (pelos anjos) nas segundas e quintas-feiras. Allah perdoa cada muçulmano ou fiel, salvo aqueles que boicotam uns aos outros.” Por recomendação do Profeta Muhammad (que a paz e as bençãos de Deus estejam com ele) muitos muçulmanos jejuam nesses dias, ou seja, duas vezes por semana. No entanto o jejum não é feito em tempo integral, mas desde a oração do Fajr (por volta das 4:40h durante o horário de verão) até a oração do Magrib (por volta das 18:30h durante o horário de verão) o muçulmano deve s abster de ingerir qualquer substância, incluindo qualquer alimento sólido e inclusive água. Após esse período pode-se voltar a comer e beber normalmente como se está habituado.
Segundo estudos realizados pelo National Institute on Ageing (NIA) em Baltimore nos Estados Unidos da América, jejuar um ou dois dias por semana, pode proteger o cérebro de doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson. Mark Mattson, líder do laboratório de Neurociência do Instituto afirma: “Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar essa proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser.”
Essa descoberta apenas vem mostrar o quanto o Islam ao contrário do que muitos pensam, está muito a frente de seu tempo.
Maa Salama!